Nunca Mais

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta! Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais, A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo, A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais! Disse o corvo, "Nunca mais".

Thursday, June 07, 2007

Corvo Mito da caverna


Novamente estava eu sem idéias, foi quando surgiu o pensamento da caverna, e tal, logo pensei, serei eu o mito da caverna,
esse mesmo avatar me fez conhecer uma boa pessoa a qual amei, e na qual terminou de forma triste e chata nosso relacionemento, parte de minha tristeza e decpção hoje e por conta disso, devo atribuir também a esse avatar, que ao mesmo tempo que trouxe felicidade, me trouxe tristeza.
espero que todos sejam felizes.




O Mito da Caverna

reprodução

Platão (428-347)
O Mito da Caverna narrado por Platão no livro VII do Republica é, talvez, uma das mais poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, em qualquer tempo, para descrever a situação geral em que se encontra a humanidade. Para o filósofo, todos nós estamos condenados a ver sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras. Essa poderosa crítica à condição dos homens, escrita há quase 2500 anos atrás, inspirou e ainda inspira inúmeras reflexões pelos tempos a fora. A mais recente delas é o livro de José Saramago A Caverna.

A Condição Humana

Platão viu a maioria da humanidade condenada a uma infeliz condição. Imaginou (no Livro VII de A República, um diálogo escrito entre 380-370 a.C.) todos presos desde a infância no fundo de uma caverna, imobilizados, obrigados pelas correntes que os atavam a olharem sempre a parede em frente. O que veriam então? Supondo a seguir que existissem algumas pessoas, uns prisioneiros, carregando para lá para cá, sobre suas cabeças, estatuetas de homens, de animais, vasos, bacias e outros vasilhames, por detrás do muro onde os demais estavam encadeados, havendo ainda uma escassa iluminação vindo do fundo do subterrâneo, disse que os habitantes daquele triste lugar só poderiam enxergar o bruxuleio das sombras daqueles objetos, surgindo e se desafazendo diante deles. Era assim que viviam os homens, concluiu ele. Acreditavam que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos seus olhos (que Platão chama de ídolos) eram verdadeiras, tomando o espectro pela realidade. A sua existência era pois inteiramente dominada pela ignorância (agnóia).

Libertando-se dos grilhões

Se por um acaso, segue Platão na sua narrativa, alguém resolvesse libertar um daqueles pobres diabos da sua pesarosa ignorância e o levasse ainda que arrastado para longe daquela caverna, o que poderia então suceder-lhe? Num primeiro momento, chegando do lado de fora, ele nada enxergaria, ofuscado pela extrema luminosidade do exuberante Hélio, o Sol, que tudo pode, que tudo provê e vê. Mas, depois,

reprodução (estátua de Rodin)

Livre é quem pensa
aclimatado, ele iria desvendando aos poucos, como se fosse alguém que lentamente recuperasse a visão, as manchas, as imagens, e, finalmente, uma infinidade outra de objetos maravilhosos que o cercavam. Assim, ainda estupefato, ele se depararia com a existência de um outro mundo, totalmente oposto ao do subterrâneo em que fora criado. O universo da ciência (gnose) e o do conhecimento (espiteme), por inteiro, se escancarava perante ele, podendo então vislumbrar e embevecer-se com o mundo das formas perfeitas.

3 Comments:

Blogger Unknown said...

gosto dessa passagem de platão,
sempre imagino e comparo com a educação, que os alunos estão condicionados a verem sempre o mesmo, e serem enganados, se algume lhes contraria ou tenta explicar-lhes a verdade é tachado e julgado...

a mesma coisa com a sociadeda alienada =)

mto bom corvinho =)

Thursday, 07 June, 2007  
Anonymous Anonymous said...

Bom dia, corvo

Parabéns pelo texto. Muito ilustrativo. A nossa caverna continua cheia e aprisionadora: o stress, a rotina, os códigos, os trajes e a mídia são tão hipnóticos para ocultar o mundo de dentro...

Lelo, outro que vive na(s) sombra(s)

Monday, 25 June, 2007  
Blogger NUNCA MAIS said...

obrigado Lelo, mantenha contato
=)
se tiver um blog mostre o aqui
esse e apenas um blog de poucos assuntos interessantes
mas fica valendo

Thursday, 28 June, 2007  

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