Nunca Mais

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta! Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais, A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo, A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais! Disse o corvo, "Nunca mais".

Tuesday, December 19, 2006

Corvo Chapeuzinho vermelho

Nunca fui muito fã dessa fabula, para falar a verdade eu mais torcia para o lobo comer a vovó, achava uma crueldade o que o caçador fazia com o pobre canino
nem sei porque fiz essa versão, acho que estava em ritimo de conto de fadas

A verdadeira história de Chapéuzinho vermelho...

A primeira história escrita por Perrault era uma história para adulto, O capuz vermelho que acompanha a menina nas versões de Perrault e na dos Grimm, surge como símbolo da cor do sangue, da menstruação, cor da alma, da libido e do coração. O “Lobo Mau” na verdade é a figura de um homem. Só tempos depois os Irmãos Grimm alteraram seu conteúdo erótico e adaptaram às crianças numa época antes do século XVIII, ou seja, antes que a revolução burguesa modificasse o pensamento e o comportamento ocidental, e, portanto, modificasse a história bem mais próxima do que a conhecemos hoje. E aqui vai a verdadeira, contada por camponeses ao redor do fogo em noites de inverno europeu:

“Certo dia, a mãe de uma menina mandou que ela levasse um pouco de pão e de leite para sua avó. Quando a menina ia caminhando pela floresta, um lobo aproximou-se e perguntou-lhe onde ia:

Para a casa da vovó – ela respondeu.

Por que caminho você vai, o dos alfinetes ou o das agulhas?

O das agulhas.

Então o logo seguiu pelo caminho dos alfinetes e chegou primeiro à casa. Matou a avó, despejou seu sangue numa garrafa e cortou sua carne em fatias, colocando tudo numa travessa. Depois, vestiu sua roupa de dormir e ficou deitado na cama, a espera.

Pam, pam !.

Entre, querida.

Olá vovó. Trouxe para a senhora um pouco de pão e leite.

Sirva-se também de alguma coisa. Há carne e vinho na copa.

A menina comeu o que lhe era oferecido e, enquanto o fazia, um gatinho disse:

Menina perdida! Comer a carne e beber o sangue da sua avó!

Depois o lobo disse:
Tire a roupa e deite-se na cama comigo.

Onde ponho o avental?

Jogue no fogo. Você não vai mais precisar dele.

Para cada peça de roupa – corpete, saia, anágua e meias – a menina fazia a mesma pergunta. E cada vez, o lobo respondia:

Jogue no fogo. Você não vai precisar mais dela.

Quando a menina se deitou na cama, disse:

Ah, vovó! Como você é peluda!

É para me manter mais aquecida, querida.

Ah, vovó! Que ombros largos você tem!

É para carregar melhor a lenha, querida!

(...) Até que ela perguntou:

Ah, vovó! Que dentes grandes você tem!

É para comer melhor você, querida!

E ele a devorou”.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

A Chapeuzinho, aqui, é muito mais inocente e tola do que a dos irmãos Grim e Perrault. Esse corvo é macabro, pacas ! Putz !

O lance da carne e sangue da avó, foi doido ! ahuahuahuahuhauha

Beijos, Corvo lindo :)

Aline.

Tuesday, 19 December, 2006  
Anonymous Anonymous said...

Gostei, Mr. Crow!

Tem até striptease na história :o)

Tuesday, 19 December, 2006  

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